segunda-feira, 11 de outubro de 2010

COM OS OLHOS DA POSITIVIDADE


Quanto mais a gente procura observar as coisas boas que ocorrem a nossa volta, parece que mais coisas vêm à tona. Um sorriso de uma criança, o choro de outra ou ainda uma gargalhada infantil do outro lado da casa. O cachorro parece que sorri quando vê chegar o dono, mas também parece mostrar uma certa decepção em seu rosto (cachorro agora tem rosto?) quando seu dono o coloca preso a uma corrente. A gata em sua caixa dá de mamar aos seus cinco filhotes, que embora ela mesma não sabesse dizer quem é filho de quem, ama-os com um amor incondicional e não fingido. Li em algum lugar que as fêmeas de certos animais dão a vida pelas suas crias, bem que algumas mulheres poderiam aprender com essas fêmeas antes de largar seus filhos nas latas de lixo.
            As formigas trabalham incansavelmente quando há sol, é só olharmos para aquelas trilhas onde há inúmeras formigas trabalhando sem cessar.
            Quando amanhece mais um dia, o sol desperta no nascente prometendo mais um dia inundado com seus raios exuberantes. O frio, sem outra alternativa, pega suas malas e se vai, soltando imprecações por causa do calor do sol que tanto o incomoda, mas ele promete voltar à noite. São muitos os trabalhadores que saem de suas casas antes do sol nascer, mas são poucos os que apreciam o espetáculo que ele proporciona. Acho que sou um deles. Agora entendo por que os poetas se dizem embriagados com a aurora, realmente é de entorpecer os sentidos. Os dias passam lentamente e ainda há outro espetáculo para se apreciar, o crepúsculo, o entardecer, que faz com que fiquemos de boca aberta com tamanha beleza. O sol, com sua nova roupa de um tom avermelhado, começa seu trajeto rumo ao horizonte e a noite se aproxima lentamente, trazendo consigo estrelas as mais diversas e a lua sorrindo desponta no céu estrelado e escuro. Já é hora de todos irem para suas camas, o trabalhador, o pai de família, a dona de casa, as crianças e também os casais apaixonados. Uma coruja pousa no alto de uma casa e olha para mim com seus olhos curiosos. Eu também tenho de ir para minha cama. Boa noite, coruja. Boa noite, noite.
by Douglas Diniz - 11 de outubro de 2010

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