Postagem de poesias, músicas, vídeos, versos, contos, cartas de amor, e tudo aquilo que interessa ao grande universo da beleza, do amor, da amizade, etc. Um pouco de tudo, por isso chama-se Retalhos. CONTATO: E-MAIL: familiacurcino@gmail.com
quarta-feira, 28 de junho de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 113
Aí
está ela, meu amor... Ela voltou de muito longe. Voltou e trouxe a beleza
imortal das cores. Voltou e trouxe o encanto suave das palmas oscilantes... do
orvalho que se debruça suavemente nas corolas aveludadas... voltou e trouxe os
perfumes exóticos das flores misteriosas. Trouxe a cândida beleza do lírio, a
sanguínea sedução dos lírios e o imponente orgulho das rosas...
E
ao abrir a janela, sinto-a presente. Em tudo... Nas minhas mãos que parecem
tocar o ouro do sol... Na brisa que vem ondulando ramos e sacudindo as cortinas
do meu quarto solitário. Voltou a primavera... voltou de muito longe... Trouxe
tudo que eu amo... tudo que minha fantasia deseja... Voltou trazendo a palidez
do luar. Voltou trazendo o brilho nervoso das estrelas. Voltou dando de novo o
encanto que falta no mundo... quando o adusto inverno domina...
Só
você não voltou... querida. E ao abrir a janela, ao receber dentro d’alma toda
beleza infinita deste dia de sol, deluz, de ouro e de cintilações... eu
penso...
De
que vale toda esta primavera...? Para quê toda esta beleza se você não voltou,
meu amor?
Fred Jorge
sábado, 24 de junho de 2017
terça-feira, 20 de junho de 2017
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 112
Como
eu desejo sua presença nesta noite de solidão, querida... Como eu a queria ao
meu lado... Eu, que fugi covardemente do amor, eu, que, duvidei do que ouvira
de você, quando você me falou: eu te amo... Até então, eu jamais tinha tido a
revelação de um amor tão grande. Desde então, eu jamais tinha compreendido o
quanto representava em meu viver um sonho, um sonho nascido de você...
Depois,
compreendi que em todo amor é preciso haver essas frases meio sinceras: minha
vida, meu amor, meu sonho. Compreendi que o amor alimenta-se de pequeninos
nadas... E por isso, por não a ter compreendido, estou sozinho. Estou sozinho,
vivendo como um alucinado, entregue à impiedosa saudade que fala tanto em
você...
O
silêncio é triste... Mais triste ainda o silêncio do meu coração. E entregue à
minha dor, eu a desejo. E compreendo que a desejava ao meu lado, dizendo-me:
meu amor, minha vida... E não me importaria de ouvir novamente todas as falsas
juras do seu coração, querida... Porque eu a amaria por tudo... Pelas mentiras
de amor... Pelos beijos que você mentirosamente me deu... Pela ilusão de ser
amado, que durante tantos anos, alimentou meu coração, querida...
Fred Jorge
domingo, 18 de junho de 2017
Lambuze-se de Vida
Não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se.
Muita gente guarda a vida para o futuro.
Mesmo que a vida esteja na geladeira, se você não a viver,
ela se deteriora.
É por isso que muitas pessoas se sentem emboloradas na
meia-idade. Elas guardaram a vida, não se entregaram ao amor, ao trabalho, não
ousaram, não foram em frente.
Depois chega um momento em que se conscientizam:
“Puxa, passei fome para guardar batatas e elas apodreceram”.
Hoje em dia as pessoas orientam sua vidas baseadas em idéias
e métodos que já não tem relação com a própria existência.
Elas não se alimentam corretamente porque sentem medo de
tudo: de engordar, de emagrecer, dos agrotóxicos, da contaminação, dos
malefícios para essa ou aquela doença.
Quando se sentam à mesa, afirmam que precisam comer carne
porque contém proteína, tomar leite porque contém cálcio. Elas precisam comer isso
ou aquilo. Quase ninguém come sem culpa. Todo o mundo se alimenta seguindo
alguma moda. O alimento deixou de ser comida e se transformou em medicamento.
Solte sua alma, seja você.
Tenha consciência de que, se estiver em paz consigo mesmo,
você comerá carne quando tiver vontade e não porque alguém disse que é bom ou
ruim. Você não come açúcar porque está satisfeito e não porque ele é tido como
nocivo à saúde.
Mergulhe totalmente na vida. Chupe a laranja e tire todo o
caldo. Quando a morte chegar encontrará somente o bagaço. Nada do que você
deveria desfrutar estará contido no bagaço, nada do que precisaria viver restará.
Não deixe sua vida ficar muito séria. Viva como se estivesse
num jogo, saboreie tudo o que conseguir, as derrotas e as vitórias, a força do
amanhecer e a poesia do anoitecer.
Brinque, mas brinque muito. A felicidade é feita de muitos
sorvetes.
by Roberto Shinyashiki
sábado, 17 de junho de 2017
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Tomei uma decisão!
Tomei uma decisão: Nunca mais eu
vou amar alguém. Meus lábios nunca mais irão beijar outros lábios com a mesma
paixão, com a mesma volúpia, com o mesmo fervor de outrora. Meus braços nunca
mais irão apertar outro corpo com o mesmo calor, com o mesmo desejo de
antigamente. E meu corpo nunca mais ficará enroscado em outros braços, sentindo
todo o calor que dele advém. Meu coração não pulsará de ansiedade ante a
chegada da pessoa amada e meus olhos nunca mais ficarão espreitando o horizonte,
absortos, aguardado a chegada de alguém. Nunca mais!
Está
decidido: Nunca mais meus dedos, já cansados, escreverão cartas de amor, nem
mesmo se entrelaçarão a outros dedos, muito menos acariciarão outro rosto antes
de um beijo... Nunca mais!
Nunca
mais! Nunca mais afundarei meu rosto nos cabelos de alguém, para poder
embriagar-me em seu perfume!
Nunca
mais caminharei lado a lado com alguém, nunca mais caminharei de mãos dadas em
um fim de tarde de outono. Nunca mais!
Nunca
mais sonharei acordado por alguém, nem mesmo em meus devaneios sonharei com
alguém... Para quê? Se não há amor, não tem porque sonhar, não é mesmo?
Nunca
mais! Nunca mais olharei dentre dos olhos de alguém, observando todo o encanto
inebriante que eles possuem. Nunca mais!
Nunca
mais cantarei versos de amor ao vento, nem mesmo farei juras de amor, baixinho
no ouvido de alguém! Para quê? Se não há amor, não tem mais graça fazer juras
de amor, não é mesmo?
Sabe
por que tomei essa decisão? Porque o sonho acabou! A magia do amor também. O
encanto desvaneceu-se e a ternura também. A magia dos casais enamorados cessou
e o riso dos apaixonados findou-se. Não há mais sonho, não há mais encanto, não há mais ternura, não há mais nostalgia... Nem os beijos, nem o riso dos namorados
existem mais. Os braços não se enlaçam mais em um abraço caloroso e o carinho
antes de qualquer beijo não tem mais sentido.
Essa
é a minha decisão!
Mas
aí... aí eu vi você passar pela rua...
E
meu coração pulsou!
E
outra vez me vi, ingênuo e sonhador, perdido e entorpecido pelos seus olhos cor
de sonho...
by Douglas Diniz
quinta-feira, 15 de junho de 2017
quarta-feira, 14 de junho de 2017
segunda-feira, 12 de junho de 2017
sábado, 10 de junho de 2017
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 111
Meu inesquecível amor!
Eu
me lembro de quando partimos... Cada um seguia diferente destino... E nosso
amor, que tinha sido um encontro tão suave, uma ilusão tão breve e tão doce,
logo terminou... Você surgiu em minha vida como a nuvem passageira, que enfeita
o céu... e logo é desfeita pela brisa. Como a rosa de verão que desperta
para breve momento de um viver colorido
e logo despetala ao encontro da brisa...
Depois...
depois partimos... Diferentes destinos. Rumos diversos para duas almas com os
mesmos ideais... Eu segui levando na retina o brilho do seu vulto,
destacando-se contra o céu crepuscular. Segui levando no coração um estouro de
doces lembranças... Segui levando na alma toda tristeza da solidão que
aguardava-me, no silêncio do meu quarto... E toda minha vida parecia
desfazer-se...
Hoje,
após tantos anos, eu a recordo. Por quê? Não sei... Talvez porque o crepúsculo
desmaia numa suavidade de cores. Talvez porque uma rosa despedaçou-se contra o
toque do vento... Ou porque um prenúncio de noite despertou em minha alma o
mundo de recordações em que vivo imerso, meu amor...
Eu
a sinto dentro de mim. Eu a sinto em minha saudade... E no gosto doce de um
beijo que você me deu... há muito tempo atrás... quando, nos meus braços, você ainda
me dizia: meu amor... meu amor...
Fred Jorge
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 110
Meu inesquecível amor!
No
silêncio da noite, a saudade vem me falar de você. Vem despertar dentro do meu
coração esta vontade imensa de vê-la, de tocá-la, de sentir o perfume de seus
cabelos, de ouvir a música de sua voz... Estou sozinho, meu amor... O vento
agita os ramos lentamente... Há um sussurro perpassando pelo arvoredo...
Adivinho suspiros nas flores despertas ao luar...
E
compreendo que tudo ama nesta noite de mistério. O vento ama os ramos, e os
acaricia timidamente. Os pálidos lírios amam o luar... e suspiram
timidamente... Esses suspiros perfumam a noite de solidão. Esse perfume penetra
pelo meu quarto... e me traz a lembrança de seu corpo esbelto...
Tenho
saudades... Já o disse. Mas quero repeti-lo. Quero dizê-lo a mim mesmo. Quero dizê-lo
à noite, às estrelas, ao próprio vento. Quero repetir sempre, como se quisesse
flagelar meu coração. Quero murmurar sempre, para que minha alma embriague-se
com o meu próprio sentimento... Eu a amo... Eu a quero... De você, nada mais
tenho que uma simples e pálida lembrança. De você nada mais tenho que esta
vontade imensa de lhe falar... Nada mais tenho além desta imensa saudade, que é
meu pão, meu viver, meu luar... meu tudo, querida...
Fred Jorge
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Seleções Cartas de Amor -Fred Jorge - Carta 109
Meu inesquecível amor!
O
relógio, com seu tic-tac nervoso, conta uma história de solidão e tristeza. A história
dos minutos que eu vivo sem você. A história de uma vida desfeita, dedicada ao
amor... e destruída pelo amor. Os minutos perdem-se na indiferença do tempo...
O tempo, que é um cemitério imenso, onde se acham sepultados meus mais lindos
sonhos de amor... O tempo que não volta mais... que destrói tudo... Que fez
você me esquecer...
Eu
voltarei, você disse quando partiu. Não o esquecerei. A luz do seu último olhar
ainda ilumina meu olhar. A luz do seu último olhar, ainda é toda a luz que
existe nas minhas noites vazias... E a esperança ainda vive, muito pálida,
muito fraca... Mas é sempre uma esperança.
Ela
voltará, eu repito a mim mesmo... Por mais que o tempo passe... Estamos ligados
pelo amor... Estamos ligados pela alma... Ela não pode ter me esquecido...
Estou certo de que ela voltará... Eu lhe dei toda a minha vida, toda a minha
alegria, toda minha esperança de ser feliz.
Mas
o tempo passou... Muitas primaveras se passaram. O inverno veio e eternizou-se
dentro de mim... Há como que uma tristeza infinita morando em meu coração...
Você
não volta... E quando eu a espero... a distância entre nós vai ficando maior...
muito maior, querida.
Fred Jorge
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 108
Meu inesquecível amor!
Você
devolveu todas as minhas cartas de amor! E uma fotografia amarelada, desbotada
pelo tempo cruel que passa indiferente aos sonhos de felicidade. Eu as reli uma
a uma. E senti que não havia falsidade. Naquelas frases que minha lama ditou,
tudo era sincero. Percebi que eram fragmentos do meu coração, querida. Devolver
velhas cartas não é devolver tranquilidade, alegria ou sonho. Numa carta de amor
não existem palavras e sim retalhos de alma, de emoção e de desejo. Você que as
leu, talvez com indiferença, jamais poderá imaginar com que emoção foram
escritas. Jamais poderá imaginar como eu as realizei, trazendo o coração
repleto de sonho e poesia.
No
entanto, você não soube compreender. Não soube permitir que nossas vidas
ficassem juntas. E deu ao nosso romance um epílogo banal. Um rompimento e a
devolução de cartas de amor. A fotografia também está novamente em minhas mãos.
Eu a olho e sorrio amargamente. Agora estamos longe um do outro, já não sou o
mesmo que sorri naquele retrato desbotado, que guarda uma juventude eterna. Venha
me ver, querida. E compreenderá. Compreenderá como o tempo passa depressa para
quem ama. Compreenderá como a vida não tem sentido para os corações solitários.
E verá que sou um novo homem, abatido, indiferente, e não aquele jovial e
alegre que tanto gostava de você. Sei que você devia guardar o retrato e as
velhas cartas. Não são minhas e nem foram escritas por este solitário, foram
escritas por esse jovem que sorri na fotografia, tirada num passado feliz. E as
cartas foram escritas pela minha alma, meu amor.
Fred Jorge
Seleções Cartas de Amor - Fred Jorge - Carta 107
Meu inesquecível amor!
Vem
da distância infinita, como se fosse um lamento dos astros perdidos na
imensidão do azul, uma voz que me fala de você. É talvez a resposta que meu
coração necessita. É talvez a voz do nada, desse terrível nada, que é tudo que
eu tenho nesta hora de solidão e mistério.
Você
partiu para muito longe!... E desde então, a vida perdeu toda a expressão para
mim. Você partiu e meu coração ficou entregue ao desespero e à amargura...
Nunca mais você voltou... O vazio invadiu minha lama... A tristeza veio morar
em meus olhos... E minhas mãos trêmulas começaram a buscar o contato
inexistente das suas...
Dentro
na noite imensa, ouço o relógio dizer que o tempo vai se escoando lentamente...
lentamente para nunca mais voltar... O tempo... O tempo... que não volta atrás.
E cada minuto que passa, sinto que você está cada vez mais distante... cada vez
mais longe... Nunca mais voltará... Nunca mais...
Tudo
que eu tinha perdeu-se... Tudo. Só resta agora a saudade... E a saudade é uma
voz que vem de toda parte. É uma voz que ecoa soturnamente através da noite...
vinda de alguma estrela perdida no infinito... de algum astro peregrino... ou
talvez, do meu próprio coração que anseia pelo seu, minha querida...
Fred Jorge
Velho Rabugento
O que vocês veem, enfermeiras? ……O que vocês veem?
O que vocês pensam .. . quando olham para mim?
Um velho rabugento, … …não muito inteligente.
Incerto de hábito .… … . .. com olhos distantes?
Que baba a comida dele .. . … . . e não responde.
Que parece não perceber …as coisas que você faz.
E que sempre perde … …… Uma meia ou um sapato?
Quem, resistindo ou não … … deixa fazer o que você quer,
Com comida e banho… .O dia inteiro para ser preenchido?
É isso o que vocês estão pensando?. .É isso o que veem?
Então, abram os olhos, enfermeiras. Vocês não estão olhando
para mim.
Vou dizer quem sou … . .. Enquanto fico sentado aqui,
quietinho,
Como eu faço pra te servir, .… . já que faço a sua vontade.
Sou uma criancinha de 10 anos . .com um pai e uma mãe,
Irmãos e irmãs .… .. . que se amam
Um garoto de dezesseis anos … .. com asas nos pés
Sonhando que logo logo …… encontrará um amor.
Um noivo de vinte anos … ..meu coração dá um salto.
Ao lembrar dos votos .. .. .que prometi manter.
Aos vinte e cinco agora… . .eu tenho um pequeno só meu.
Que precisa que eu o guie … E um lar feliz e seguro.
Um homem de trinta anos . .… . . O meu pequeno cresceu
rápido,
Ligados um ao outro …. Com laços que deveriam durar.
Aos quarenta, meus jovens filhos .. .cresceram e partiram,
Mas minha mulher está ao meu lado . . para ver que eu não me
lamento.
Aos cinquenta, mais uma vez, .. …Bebês brincam ao meu redor,
Novamente, sabemos o que são crianças … . Minha amada e eu.
Dias escuros estão sobre mim … . Minha esposa agora está
morta.
Olho para futuro … … . E estremeço de medo.
Pelos meus pequenos que estão todos criados .… jovens
sozinhos.
E penso nos anos … E no amor que conheci.
Agora sou um homem velho … … .. e a natureza é cruel.
É brincadeira fazer isso na velhice … … . parecer um bobo.
O corpo, ele desmorona .. .. . a graça e o vigor
desaparecem.
Agora existe uma pedra … onde antes havia um coração.
Mas dentro desta carcaça velha . Um homem ainda mora,
E de vez em quando … . . o meu coração golpeado, cresce
Lembro das alegrias … . .. . lembro das dores.
E estou amando e vivendo … … . a vida novamente.
Penso nos anos, todos eles, tão poucos …. passam
rapidamente.
E aceito o fato áspero … de que nada dura.
Então, pessoas, abram os olhos .… . .… abram e vejam.
Não um velho rabugento.
Olhem mais de perto … . vejam .. .…. …. . EU!
Autoria de Mac Philistine
quarta-feira, 7 de junho de 2017
terça-feira, 6 de junho de 2017
segunda-feira, 5 de junho de 2017
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