Meu inesquecível amor...
As festas de fim de ano aproximam-se e, na beleza festiva de todas as noites, eu via faces felizes, olhares cintilantes e sorrisos que eram reflexos de felicidade.
O povo que circula pelas ruas parecia um povo especialmente cheio desse espírito tradicional, que em todos os fins de ano coloca uma nota de alegre zoada no bulício da metrópole. Ao lado de toda a gente feliz, havia aqueles que sofriam inutilmente, como se levassem sobre os ombros o peso de uma dor imensa – a dor de ser sempre pobre, desejando o impossível; a dor de não ter nada, além de um desejo imenso, insaciável...
No entanto, eu era um desses pobres, que, olhando a vitrina da vida, pedia ao Papai Noel um pouco de felicidade como presente de festas...
Nada eu consegui, meu amor! Nada, além da terrível desilusão! Nada, além da tristeza infinita de estar sozinho!...
Na vitrina da vida, o único brinquedo que pedi foi você. Mas eu não tinha a moeda do amor para comprar, querida... E, por isso, continuei sozinho dentro da noite festiva, sem a mensagem alegre que poderia alimentar o sonho que desfalecia dentro do meu coração...
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